Economia

Banco do BRICS: Dilma Anuncia Que 30% da Carteira Será em Moedas Locais Até 2026

Dilma Rousseff Defende Uso de Moedas Locais no Novo Banco de Desenvolvimento

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, apresentou uma proposta inovadora para os países do Brics, sugerindo que o uso de moedas locais em financiamentos pode ser uma estratégia eficaz para impulsionar o desenvolvimento sustentável. Durante sua participação no seminário "A Transição Energética e a Sustentabilidade do Futuro", realizado no BNDES, no Rio de Janeiro, Dilma enfatizou a importância de discutir soluções para o problema do financiamento em países em desenvolvimento.

Proposta de Moedas Locais

Dilma Rousseff voltou a defender, nesta quarta-feira (9), o uso de moedas locais em financiamentos realizados nos países do Brics.

Ela argumenta que essa abordagem é mais vantajosa para promover o desenvolvimento sustentável.

Desafios do Financiamento

A presidente apontou que os países em desenvolvimento enfrentam uma deficiência de acesso ao financiamento.

Ela destacou que plataformas como o NDB e os bancos nacionais de desenvolvimento ajudam a suprir essa necessidade, mas uma discussão global é necessária.

Vantagens das Moedas Locais

Uma das soluções mais promissoras, segundo Dilma, é ampliar o uso de moedas locais nos financiamentos.

Ela defendeu que isso pode resultar em taxas de juros mais baixas.

Papel do NDB

Dilma explicou o papel do NDB, também conhecido como Banco do Brics.

O banco foi criado para mobilizar recursos e financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento.

Segurança nos Empréstimos

O uso de moedas locais em vez de dólares ou euros em empréstimos traz maior segurança e menos oscilação nos preços.

Isso facilita o pagamento das dívidas pelos países.

Risco do Financiamento Internacional

Durante sua fala, Dilma destacou que o acesso à moeda internacional muitas vezes não é adequado para financiamentos de longo prazo.

Ela citou exemplos de projetos de energia, que exigem prazos extensos de financiamento.

Metas do NDB

Atualmente, cerca de 25% da carteira do NDB está denominada em moedas locais.

A meta é alcançar 30% até 2026, posicionando o banco na vanguarda das instituições multilaterais que utilizam esse tipo de operação.

Mitigação de Riscos Cambiais

Financiamentos em moedas locais ajudam a mitigar riscos cambiais relacionados a moedas avançadas.

Dilma ressaltou que as oscilações nas taxas de juros podem pressionar o setor privado, dificultando sua sustentabilidade financeira.

Reações às Propostas

As medidas propostas por Dilma geraram reações no cenário internacional.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou taxar países que adotassem políticas que considerasse antiamericanas.

Estrutura do Banco do Brics

Os fundadores do Brics são os maiores depositantes do NDB, mas ser membro do Brics não garante acesso ao banco.

Atualmente, o NDB conta com 11 membros, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes, Bangladesh, Egito, Argélia, Uzbequistão e Colômbia.

Resumo

Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, enfatizou a importância do uso de moedas locais em financiamentos para países do Brics.

A proposta visa mitigar riscos cambiais e facilitar o acesso ao financiamento, promovendo o desenvolvimento sustentável e a infraestrutura nos países em desenvolvimento.

Com uma meta de aumentar a participação de moedas locais na carteira do banco, Dilma destaca que essa iniciativa pode trazer maior segurança e estabilidade financeira, contribuindo assim para um futuro mais sustentável.

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