Ciência

Brasil e Japão Unem Forças: Inovador Projeto Revitaliza Pastagens Degradadas!

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Projetos Inovadores: Parceria Brasil-Japão para Recuperação de Pastagens no Cerrado

Pesquisadores do Japão e do Brasil estão se unindo em um projeto inovador focado na recuperação de pastagens degradadas no Cerrado brasileiro. Este esforço colaborativo visa não apenas aumentar a produtividade agrícola, mas também promover a sustentabilidade ambiental em uma região crucial para a biodiversidade e a economia do país.

A iniciativa, que é fruto de um projeto liderado pela Embrapa Cerrados, foi selecionada pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) em 2024 e utiliza dados de satélites ALOS-4, fornecidos pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa). O projeto foi apresentado oficialmente em um evento realizado na sede da Embrapa, em 1º de agosto, com a presença de autoridades e especialistas da área.

Objetivos do Projeto

O principal objetivo deste projeto é a recuperação de pastagens degradadas, que atualmente abrangem cerca de 40 milhões de hectares no Brasil. Os pesquisadores visam transformar essas áreas em solos saudáveis e produtivos, contribuindo assim para a segurança alimentar e a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE).

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Além disso, a parceria busca desenvolver um modelo que permita o monitoramento contínuo da saúde do solo e a dinâmica de carbono, integrando dados de satélites com informações de campo. Esse esforço é fundamental para garantir a sustentabilidade das práticas agrícolas na região.

Metodologia de Pesquisa

A metodologia adotada no projeto envolve o uso de técnicas avançadas de bioanálise do solo, conhecidas como BioAS. Esta abordagem foi desenvolvida pela pesquisadora Ieda Mendes e está em uso comercial desde 2020, permitindo uma análise mais precisa da saúde do solo.

Os pesquisadores também introduzirão um novo indicador que considera a relação entre fungos e bactérias no solo. Este indicador é importante, pois estudos mostram que o manejo das terras afeta essa proporção, impactando a retenção de carbono e a ciclagem de nutrientes.

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Avaliação da Saúde do Solo

A avaliação da saúde do solo será um dos pilares do projeto, utilizando dados de satélite para monitorar e analisar diversas variáveis. Os pesquisadores da Universidade de Hokkaido, que participam da iniciativa, estão encarregados de detalhar aspectos relacionados a essa avaliação.

Esse processo permitirá uma compreensão mais profunda das condições dos solos degradados e ajudará a informar as práticas de manejo sustentável a serem adotadas. A integração entre informações de campo e dados obtidos via satélite é uma abordagem inovadora que promete resultados significativos.

Aspectos de Sustentabilidade

A sustentabilidade é um conceito central neste projeto, que busca promover não apenas a recuperação das pastagens, mas também a implementação de práticas agrícolas regenerativas. Isso inclui o desenvolvimento de sistemas de cultivo que utilizem intensivamente os solos do bioma Cerrado, de forma a garantir a produtividade sem comprometer a saúde ambiental.

A inserção de elementos do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) também será fundamental. Essa inclusão permitirá simulações de cenários climáticos, ajudando a prever e mitigar os impactos das mudanças climáticas na agricultura.

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Importância da Proporção Fungo-Bactéria

Um dos aspectos inovadores do projeto é a proposta de acoplar a análise da relação fungo-bactéria ao indicador de saúde do solo já existente, que se baseia na atividade enzimática. Essa relação é crucial, pois a forma como uma área é manejada pode influenciar essa proporção e, consequentemente, o potencial de retenção de carbono e a ciclagem de nutrientes.

A proposta é que, ao integrar esse novo indicador ao modelo de BioAS, os pesquisadores consigam criar um sistema robusto para a avaliação da saúde do solo, permitindo decisões mais informadas sobre o manejo das pastagens.

Fases do Projeto

O projeto está dividido em várias fases, com um cronograma que se estende até março de 2026. A primeira fase envolve a identificação e monitoramento das áreas degradadas, bem como a coleta de amostras de solo e a análise de imagens de satélites.

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Em seguida, a equipe trabalhará na implementação de Unidades de Referência Tecnológica (URT), que servirão como modelos para a recuperação de pastagens. A Embrapa lidera essa fase, em colaboração com instituições japonesas, garantindo a troca de conhecimentos e experiências.

Monitoramento de Emissões de GEE

Um dos objetivos de longo prazo do projeto é o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa. Isso será realizado através de uma análise contínua da saúde do solo, considerando aspectos químicos, biológicos e físicos.

Essa abordagem permitirá que os pesquisadores entendam melhor como as práticas agrícolas afetam as emissões de GEE e, por consequência, contribuírem para a luta contra as mudanças climáticas. O monitoramento será fundamental para garantir que as práticas de recuperação adotadas sejam realmente eficazes.

Unidades de Referência Tecnológica

As Unidades de Referência Tecnológica (URT) serão áreas específicas onde as novas práticas de manejo e recuperação serão testadas e avaliadas. Essas unidades permitirão a formação de uma base de dados robusta, que será fundamental para validar as metodologias propostas no projeto.

A definição das URT está em andamento e será crucial para o sucesso da iniciativa. Essas unidades servirão como exemplos práticos para outros produtores e regiões que enfrentam problemas semelhantes de degradação de pastagens.

Desenvolvimento de Tecnologias

O desenvolvimento de tecnologias inovadoras será um ponto central do projeto. Isso inclui a criação de ferramentas que possam ser utilizadas por produtores rurais para melhorar a produtividade de suas terras de forma sustentável.

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Essas tecnologias serão desenvolvidas em paralelo ao restante do projeto, assegurando que as práticas mais eficazes e inovadoras sejam incorporadas ao manejo agrícola na região. A troca de conhecimento entre pesquisadores japoneses e brasileiros será vital para esse processo.

Transferência de Tecnologia

A transferência de tecnologia será uma prioridade durante todo o projeto. Isso envolve não apenas a disseminação dos conhecimentos adquiridos, mas também a oferta de assistência técnica e extensão rural (Ater) para os produtores que participarão da iniciativa.

O acesso a crédito para os produtores rurais também será facilitado, permitindo que eles implementem as novas práticas em suas propriedades. Essa abordagem é essencial para garantir que as inovações cheguem efetivamente ao campo.

Suporte à Tomada de Decisão

Uma das metas do projeto é desenvolver um sistema que auxilie na tomada de decisões, tanto para os produtores quanto para órgãos do governo. Esse sistema fornecerá informações sobre onde investir e quais tecnologias de recuperação de pastagens são mais adequadas.

Isso permitirá que as decisões sejam baseadas em dados concretos e análises rigorosas, aumentando a eficácia das ações de recuperação e promovendo uma agricultura mais sustentável no Cerrado.

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Articulação com Unidades Descentralizadas

A partir de abril do próximo ano, o projeto buscará articular-se com outras Unidades Descentralizadas, como a Embrapa Agricultura Digital. Essa articulação será essencial para construir um projeto de cooperação técnica de longo prazo, que se estenderá por até dez anos.

Essa colaboração ampliará o alcance do projeto e permitirá a criação de uma rede de conhecimento e práticas que beneficiará não apenas as pastagens, mas todo o ecossistema agrícola da região.

Resumo

A parceria entre pesquisadores japoneses e brasileiros representa um passo significativo na recuperação de pastagens degradadas no Cerrado. Este projeto inovador visa transformar áreas afetadas em zonas produtivas e sustentáveis, com um enfoque em práticas agrícolas regenerativas.

Através da pesquisa colaborativa e da utilização de tecnologias avançadas, espera-se que este projeto não apenas melhore a saúde do solo, mas também contribua para a mitigação das mudanças climáticas.

Créditos da Imagem e Fonte da Informação: Agência GOV – EBC
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