Internacional

Manifestação no Rio de Janeiro Exige Rompimento do Brics com Israel: Entenda o Motivo

Protesto na Cinelândia: Rompimento de Relações com Israel

Na tarde desta segunda-feira (7), a Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foi palco de um protesto intenso. A mobilização, convocada pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino, buscou chamar a atenção para a situação da Palestina e reivindicar o rompimento das relações econômicas, diplomáticas e militares do Brasil e do Brics com o Estado de Israel. O ato ocorreu no segundo e último dia da reunião do Brics, reunindo diversas entidades e partidos políticos.

Contexto da Manifestação

O comitê organizador é composto por diversas organizações da sociedade civil, que expressam sua insatisfação com a declaração final da 17ª Cúpula do Brics. Esta declaração reafirma a solução de dois Estados para o conflito, uma proposta que muitos manifestantes consideram inadequada.

Declaração de Maristela Santos Pinheiro

Maristela Santos Pinheiro, uma das coordenadoras do comitê, criticou a declaração, afirmando que os palestinos foram expulsos de suas casas para a criação do Estado de Israel. Segundo ela, o que restou da Palestina, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, está sendo sistematicamente massacrado.

Proposta de Estado Laico para os Palestinos

Durante a manifestação, Maristela defendeu a criação de um Estado palestino laico e democrático, que abrace todos os povos da região, incluindo palestinos, judeus e cristãos. Ela ressaltou que a proposta não é de expulsar os judeus, mas de construir um Estado para todos.

Posição do Irã

Apesar de ser membro do Brics, o Irã apresentou uma perspectiva diferente. O chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, criticou a solução de dois Estados como "irreal" e defendeu um Estado único que inclua todos os habitantes originais da Palestina.

A Voz de Líderes Religiosos

O rabino Yisroel Dovid Weiss, presente no protesto, destacou a urgência de ações imediatas por parte dos líderes mundiais para interromper o genocídio em Gaza. Ele enfatizou que se opor à ocupação não é ser antissemita, mas sim uma posição contra o sionismo.

Declaração do Sindicato dos Profissionais da Educação

Eduardo Mariani, diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), reforçou que um estado laico deve acolher todas as religiões. Ele lembrou que, antes da criação do Estado de Israel, judeus e muçulmanos coexistiam pacificamente.

Documento Oficial do Brics

O documento final da cúpula do Brics, publicado no último domingo (6), sugere a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, territórios palestinos ocupados desde 1967.

Divergências entre os Membros do Brics

Enquanto o Irã é signatário do documento, defende uma solução de estado único, o que demonstra a diversidade de opiniões entre os membros do Brics sobre a questão palestina.

Chamado à Ação

Os manifestantes pediram ao Brics que tome uma posição firme contra a ocupação e a violência perpetrada em Gaza, clamando por uma Palestina livre e soberana.

Principais Pontos do Protesto

  • Protesto na Cinelândia exigindo rompimento com Israel.

  • Convocado pelo Comitê de Solidariedade com a Luta do Povo Palestino.

  • Críticas à declaração final da 17ª Cúpula do Brics.

  • Defesa de um Estado palestino laico e democrático.

  • Posição divergente do Irã sobre a solução do conflito.

  • Apoio de líderes religiosos ao movimento.

  • Chamada à ação para líderes do Brics.

  • Reforço da necessidade de um estado que acolha todas as religiões.

  • Proposta de retirada de Israel de territórios ocupados.

  • Mobilização por uma Palestina livre e soberana.

Resumo

A manifestação na Cinelândia teve como foco principal o rompimento das relações do Brasil e do Brics com Israel, em meio à crítica à declaração da cúpula que defende a solução de dois Estados. Os organizadores, liderados por Maristela Santos Pinheiro, enfatizaram a necessidade de um Estado laico e democrático para todos os povos da região.

Além disso, a manifestação destacou a diversidade de opiniões entre os membros do Brics, especialmente a posição do Irã, que defende um Estado único. O evento reuniu diversas vozes, incluindo líderes religiosos, que clamaram por ações imediatas contra a violência em Gaza e pela construção de um futuro pacífico e justo para a Palestina.

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