Parceria entre Iphan e ICMBio para Preservação de Cavernas Arqueológicas
Recentemente, o Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estabeleceu uma importante parceria com o ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, visando a proteção e a preservação de cavernas com relevância arqueológica, histórica, cultural ou religiosa. Esta ação é fundamental para garantir o uso sustentável desses ambientes naturais, que abrigam não apenas a biodiversidade, mas também um rico patrimônio cultural.
O projeto, que se encontra na fase piloto, envolve a sistematização de dados sobre cavernas localizadas em Goiás, onde foram encontrados registros rupestres e sepultamentos humanos que datam de aproximadamente 12 mil anos. A colaboração entre os dois institutos é um passo significativo para o reconhecimento e a valorização do patrimônio subterrâneo brasileiro.
- Parceria Institucional
- Objetivos do Projeto
- Grupo de Trabalho
- Cavernas em Goiás
- Importância Cultural
- Manual de Boas Práticas
- Fluxograma
- Diretrizes para Turistas
- Preservação do Patrimônio
- Ações Futuras
- Educação e Conscientização
- Resumo
Parceria Institucional
A colaboração entre o Iphan e o ICMBio representa uma união de esforços para a proteção de cavernas que possuem sítios arqueológicos. As instituições têm competências complementares, onde o Iphan é responsável pela preservação do patrimônio histórico e cultural e o ICMBio pela conservação da biodiversidade. Essa parceria é essencial para um trabalho coordenado que busca identificar e proteger essas cavidades naturais.
Danilo Curado, arqueólogo do Iphan, destaca a relevância dessa ação conjunta, que visa não apenas a proteção dos sítios arqueológicos, mas também a promoção de práticas sustentáveis no uso dessas cavernas. A união das competências institucionais é vital para o alcance dos objetivos propostos.
Objetivos do Projeto
O principal objetivo da parceria entre o Iphan e o ICMBio é mapear as cavernas que apresentem importância arqueológica, histórica, cultural ou religiosa. Além disso, o projeto busca orientar o uso sustentável desses ambientes, promovendo a preservação e proteção das cavidades naturais subterrâneas. Essa abordagem integrada é fundamental para garantir que as futuras gerações possam usufruir e aprender com esse patrimônio.
Ao focar em cavernas que possuem registros arqueológicos, o projeto visa assegurar que as atividades realizadas nessas áreas sejam compatíveis com a preservação dos sítios. Isso significa que o manejo dessas cavernas deve ser realizado com responsabilidade, respeitando sua relevância histórica e cultural.
Grupo de Trabalho
Para implementar as ações propostas, será criado um Grupo de Trabalho coordenado pelo Iphan, com a participação de representantes das cinco regiões do Brasil. O grupo será responsável por desenvolver estratégias e ações que visem à proteção e ao uso sustentável das cavernas identificadas. As atividades do grupo estão previstas para começar no início de setembro, com a participação de 10 servidores do Iphan e 2 do ICMBio.
Essa estrutura de trabalho em equipe é fundamental para garantir uma abordagem abrangente e eficaz na preservação dos sítios arqueológicos. A colaboração entre as diferentes regiões do país também permitirá a troca de experiências e conhecimentos, enriquecendo o projeto como um todo.
Cavernas em Goiás
As primeiras cavidades a serem mapeadas estão localizadas em Goiás, onde foram encontrados importantes registros rupestres e sepultamentos humanos. Esses achados arqueológicos são evidências da presença humana na região há cerca de 12 mil anos, evidenciando a importância das cavernas como locais de habitação e ritualísticas.
A identificação e a documentação dessas cavernas são essenciais para a preservação da história e da cultura local. O mapeamento permitirá não apenas a proteção desses sítios, mas também a promoção de maior conhecimento sobre a história dos povos que habitaram a região.
Importância Cultural
As cavernas com sítios arqueológicos são consideradas de relevância máxima, pois abrigam não apenas vestígios de civilizações passadas, mas também narrativas que ajudam a entender a evolução cultural da humanidade. A valorização desses locais é essencial para que as futuras gerações possam compreender e respeitar a história de seus antepassados.
A preservação das cavernas não é apenas uma questão de conservação, mas também de educação e conscientização. Promover a importância cultural dessas cavidades é fundamental para engajar a sociedade na proteção do patrimônio histórico e ambiental.
Manual de Boas Práticas
Um dos produtos da parceria será um manual de boas práticas, que orientará o uso responsável das cavernas com sítios arqueológicos. Esse manual será uma ferramenta importante para turistas, guias, prefeituras e comunidades, oferecendo diretrizes claras para mitigar impactos e fortalecer o papel educativo das visitas.
O objetivo é que o manual contenha orientações sobre o que pode e o que não pode ser feito nas cavernas, garantindo que as atividades realizadas não comprometam a integridade dos sítios arqueológicos. Essa abordagem proativa é crucial para a preservação do patrimônio cultural e natural.
Fluxograma
Outro produto que será desenvolvido é um fluxograma que permitirá o aprimoramento da ação pública. Esse documento criará um procedimento técnico-operacional entre o Iphan e o ICMBio para a avaliação do atributo histórico-cultural nas cavidades. A implementação de um fluxo de trabalho claro facilitará a colaboração entre as instituições e garantirá uma abordagem sistemática para a proteção das cavernas.
O fluxograma será um guia essencial para o desenvolvimento das atividades, promovendo a eficiência e a eficácia nas ações de preservação e conservação do patrimônio subterrâneo brasileiro. Essa estrutura ajudará a evitar conflitos e a promover uma gestão integrada dos recursos.
Diretrizes para Turistas
A proposta do manual de boas práticas incluirá diretrizes específicas para turistas, orientando-os sobre como visitar as cavernas de maneira responsável. Por exemplo, em cavernas com pinturas rupestres, atividades como fogueiras, pichações e escaladas serão proibidas, a fim de preservar a integridade dos sítios arqueológicos.
Essas diretrizes são fundamentais para garantir que as visitas às cavernas sejam educativas e respeitosas, promovendo a conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio cultural e natural. O engajamento dos visitantes será crucial para o sucesso das ações de conservação.
Preservação do Patrimônio
A preservação das cavernas com sítios arqueológicos é uma responsabilidade que envolve não apenas as instituições governamentais, mas toda a sociedade. O engajamento das comunidades locais e dos visitantes é essencial para garantir que esses locais sejam protegidos e respeitados.
O projeto busca fortalecer o papel das comunidades na preservação do patrimônio, promovendo a educação e a conscientização sobre a importância das cavernas para a história e a cultura. Essa abordagem colaborativa é fundamental para o sucesso das ações de preservação a longo prazo.
Ações Futuras
As atividades do Grupo de Trabalho serão apenas o começo de um esforço contínuo para mapear, proteger e preservar as cavernas com relevância arqueológica. O Iphan e o ICMBio planejam expandir o projeto para outras regiões do Brasil, permitindo a identificação de novas cavernas e sítios arqueológicos.
Além disso, a troca de experiências entre as diferentes regiões enriquecerá o conhecimento sobre as melhores práticas para a conservação do patrimônio subterrâneo. A continuidade desse trabalho é vital para garantir a proteção das cavernas e a valorização do patrimônio cultural brasileiro.
Educação e Conscientização
A educação e a conscientização são pilares fundamentais da iniciativa. O manual de boas práticas e as diretrizes para turistas serão ferramentas importantes para informar e educar sobre a importância da preservação das cavernas. Promover a compreensão do valor cultural e histórico desses locais é essencial para garantir seu respeito e proteção.
Além disso, ações educativas nas comunidades locais ajudarão a criar um senso de pertencimento e responsabilidade em relação ao patrimônio cultural. O envolvimento das comunidades é crucial para o sucesso das iniciativas de conservação e para a construção de uma cultura de respeito ao patrimônio.
Resumo
A parceria entre o Iphan e o ICMBio é um passo significativo para a proteção e a preservação das cavernas com relevância arqueológica, histórica, cultural ou religiosa. Com o mapeamento de cavernas, especialmente em Goiás, o projeto visa garantir o uso sustentável desses ambientes naturais, promovendo a educação e a conscientização sobre a importância do patrimônio subterrâneo.
O desenvolvimento de um manual de boas práticas e um fluxograma irá orientar turistas e comunidades, assegurando que as cavernas sejam visitadas de forma responsável. A união entre as instituições e o engajamento da sociedade são fundamentais para a preservação desse rico patrimônio cultural para as futuras gerações.
Para mais informações Acessar